Galeria dos afetos
Esta galeria representa o melhor de cada um de nós. Nela estão refletidos os nossos sentimentos, as nossas partilhas, a vontade de estar com o outro e, acima de tudo, uma das formas mais genuínas de propagar a felicidade: os afetos! Nesta galeria não há paredes, nem muros, pois os afetos não podem ser confinados. Nesta galeria, não há uma ordem fixa, pois os afetos chegam quando bem entendem.
Esta galeria não tem dono, nem senhor, pois os afetos pertencem-nos a todos e contagiam quem os recebe e quem os encontra, de forma livre e espontânea. Esta galeria não é estática e tem como missão garantir que, cheguem de onde e quando chegarem, os afetos crescem e se multiplicam no tempo e no espaço, alcançando o sorriso de quem os encontra.
Cada uma das peças apresentadas nesta coleção foi oferecida ou apresentada por pessoas que cruzaram os nossos caminhos e manifestaram a gratidão, a confiança e a permissão de ser afetado, pelo outro, de forma positiva.
pedra rendada
“Na próxima sessão vou lhes trazer uma coisa especial que guardei!”, foram as palavras que se fizeram ouvir em São Bento, assim que uma das participantes viu as Rendas de Bilros de Peniche. E assim foi: embrulhada num papel branco, havia uma pedra, mas não uma pedra qualquer.
“Esta pedra tem muitos furinhos como as rendas, tome, fique com ela.”
Afeto vindo da aldeia de São Bento, Município de Pedrógão Grande.
Câmara fotográfica
Por trás da lente, o olhar sensível de um filho que partiu.
Doada por um casal, repleto de amor, da aldeia do Mosteiro, esta câmara foi um dos muitos objetos de afeto que chegaram ao CEFT – Centro de Estudos em Fotografia de Tomar, após a sua visita à Comunidade.
Afeto vindo da aldeia do Mosteiro, Município de Pedrógão Grande.
Pedras mágicas
“Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhante
Para o meu amor passar”
Com mãos habilidosas e muita criatividade, as participantes na Folgarosa transfomaram pedras em tesouros cintilantes.
Afeto vindo da aldeia da Folgarosa, do Município de Torres Vedras.
Pássaros
– Hoje eu vim só para ver as minhas colegas.
Disse uma das participantes à equipa do projeto na sessão de criação da obra coletiva.
– Tudo bem, mas então vai me fazer um favor. Poderia arranjar estas camisas de milho que estão muito amassadas, para colocarmos na obra?
E assim foi, voltámos para junto das restantes participantes e retomámos a sessão. Quando voltámos para junto da senhora, vislumbrámos algo diferente nas suas mãos: era um pássaro!
Ela não só arranjou as camisas de milho como criou uma forma inédita de representar o pássaro que estava preso na sua imaginação.
Afeto vindo da comunidade de Freixianda, Município de Ourém.
Moinho de vento
Ao vislumbrar o horizonte, na aldeia de Pena e Casal da Pena, descobrimos um conjunto de moinhos – património local. Das mãos habilidosas da comunidade, surge uma homenagem a este património. Feito com lata, betão e canas, este moinho foi oferecido aos ventos que, sopram de longe, e os vêm visitar.
Afeto de Pena e Casal da Pena, Município de Torres Novas.
morango
Doces e vermelhos são os morangos, beijinhos que a natureza nos dá!
Afeto vindo da comunidade de Freixianda, Município de Ourém.
Bonecos em lã
Pequenos seres feitos de fios, cores e silêncio. Eles habitam uma enorme nogueira centenária, com raízes profundas e repletas de histórias.
Afeto vindo da comunidade de Freixianda, Município de Ourém.
CROCHÊ
Crochê! Crochê! Crochê!
Afeto vindo da aldeia de Alcanadas, Município de Batalha.
O Sol da União é para Todos
“Viemos aqui a Óbidos,
A nossa peça apresentar
Não é a estátua de São Martinho
É, pois, um sol de encantar
Somos poucos, mas somos bons
Desta união de freguesias
Compusemos o nosso sol
Que dá luz todos os dias
Para criar a nossa peça
Usámos o milho da nossa terra
Das espigas fizemos os raios
E as sementes, a obra encerra
Oh sol, que estás distante
Em ti, as mãos não posso por
Por causa disso, em Freixianda
Este sol quisemos compor
O sol quando nasce é para todos
Desde o pequeno ao maior
Dia de chuva é muito bom,
Mas solarengo é bem melhor
Enquanto fizemos esta obra
Lá nos fomos apercebendo
O mais importante nesta hora
É a união que foi crescendo”
(Idalina de Barros Simões, da comunidade de Freixianda)
Afeto de Pena e Casal da Pena, Município de Torres Novas.
Estrelas
Estas estrelas de crochê foram feitas e oferecidas na altura do Natal.
Afeto vindo da comunidade da Freixianda, Município de Ourém.
Bengala em forma de pássaro
Feita com mestria, esta bengala foi um presente especial da aldeia do Mosteiro. Esculpida com a ajuda de um canivete, aos poucos, passou a revelar um pássaro, que se encontra agora em repouso sobre a madeira.
Afeto vindo da aldeia do Mosteiro, Município de Pedrógão Grande.
Cabeças
Eu não sou poeta não
Eu não sei o que fazer
Eu só sei com minha mão
Eu versos eu sei escrever
Somos do lugar de Cabeças
Maçãs é a freguesia
O concelho é Alvaiázere
O distrito é Leiria
Muitas cabecinhas estivemos a moldar
Cada uma tem sua graça
Agora irão ficar
No museu de Alcobaça
Um obrigado queremos dar
Por esta grande e feliz ideia
Por nos terem feito chegar
O Museu à nossa aldeia
Este convívio foi lindo
Com as cabecinhas a moldar
Íamos cantando e rindo
Mas as mãos sempre a trabalhar
Obrigado a toda a gente
Que participou nesta iniciativa
Para nós foi uma experiência diferente
Vai ficar sempre na nossa vida
Agora nós vos queremos dar
Com muito amor e dedicação
Um grande abraço vos vamos deixar
Do fundo do coração
Os peixinhos querem água
Os passarinhos liberdade
Nós pedimos para vós
As maiores felicidades
(Felizarda Rosa, da comunidade de Cabeças)
Afeto vindo da aldeia de Cabeças, Município de Alvaiázere.
Planta num vaso pequeno
“A música une as pessoas!”
“A arte faz-nos ver!”
Os afetos podem ser vivos e verdinhos, como estas plantas com mensagens carinhosas!
Afeto vindo da aldeia de Fanhais, Município da Nazaré.
Saco em pano da mãe
“Antigamente guardávamos o pão em sacos de pano. Era a melhor solução para conservar o pão fresco e macio por mais tempo. Este saco foi da minha mãe e já deve ter muitos anos, quem sabe mais de 100!”
Afeto vindo da aldeia de Alcanadas, Município da Batalha.
Arroz doce Museu na Aldeia
Na aldeia da Folgarosa, o projeto Museu na Aldeia ganhou vida e a tradição e a criatividade conferiu um sabor muito especial à sobremesa presente em todas as mesas portuguesas: o arroz doce!
Afeto vindo da aldeia da Folgarosa, do Município de Torres Vedras.
Bolsa em crochê
Uma prendinha que eu fiz para as meninas bonitas!
Afeto vindo de Ateanha, Município de Ansião.
Viva o Cercal
Viva o Cercal
Linda aldeia portuguesa
Como ela não há igual
Cheia de encanto e beleza
Lá dos moinhos
A paisagem divinal
É um dos lindos cantinhos
Das terras de Portugal
Afeto vindo da aldeia de Cercal, Município de Cadaval.
Resineiros de Fanhais
Na década de 60, um casal de turistas franceses registou em fotografias a sua visita à Nazaré, onde a sua atenção se voltou para um grupo de resineiros dedicados ao trabalho nos pinhais de Fanhais. Entre essas belas imagens, uma delas capturou a mãe de um dos participantes do projeto Museu na Aldeia.
Afeto vindo da aldeia de Fanhais, Município de Nazaré.
Futebol na Columbeira
Na aldeia da Columbeira, encontra-se um campo desportivo que, em tempos passados, foi palco de animadas partidas de futebol. Nesta fotografia em particular, podemos ver uma vibrante equipa de futebol feminina posando antes da partida.
Afeto vindo da aldeia da Columbeira, Município de Bombarral.
Casamento
Os meus pais casaram-se na Capela do Senhor Jesus da Boa Hora, na aldeia da Columbeira.
Afeto vindo da aldeia da Columbeira, Município de Bombarral.
Bebés!
À medida que o projeto Museu na Aldeia crescia, pequenos milagres também cresciam na equipa que o implementou: os bebés!
E antes mesmo de virem ao mundo, foram agraciados pelas comunidades do projeto.
Afetos vindos das comunidades de Ateanha, Município de Ansião, e Folgarosa, Município de Torres Vedras.
Música das Pinhas
Quem disse que não se faz música das pinhas? Em Fanhais, temos o maior tocador de pinhas de Portugal ainda em atividade a fazer música!
Afeto vindo da aldeia de Fanhais, Município de Nazaré.
ALCANADAS MINHA ALDEIA
Alcanadas minha aldeia pequenina
Onde eu passo a minha alegre mocidade
Tuas fontes de água pura e cristalina
Onde as moças vão à fonte com saudade
Pelas ruas noite e dia toda a hora
Soa a voz na beleza no cantar
És a mais simples aldeia onde a gente humilde passeia
À noitinha à luz clara do luar
Pelas ruas anda o cheiro perfumado
Do aroma tão suave dos vinhedos
Onde passam à tardinha os namorados
De baixinho a contar os seus segredos
Na capela um festejo imponente
Antiquíssimo de velhas tradições
Nesta canção que cantei e na gente velha notei
A saudade nos seus pobres corações
Afeto vindo da aldeia de Alcanadas, Município da Batalha.
Lenços
Para o “Grande Encontro”, as senhoras de Folgarosa criaram lenços únicos, pintados à mão com temas escolhidos por cada representante da aldeia. Como gesto especial, uma peça extra foi dedicada à equipa do projeto, tornando o momento ainda mais memorável.
Afeto vindo da aldeia de Folgarosa, Município de Torres Vedras.
Renda
Esta renda foi usada na criação da obra coletiva da comunidade do Mosteiro, sendo generosamente doada por uma das participantes que a empregou para criar efeitos nas fotografias.
Afeto vindo da aldeia do Mosteiro, Município de Pedrógão Grande.