Obra DA ALDEIA
Alcanadas vai ao Museu da Lourinhã
A apresentação de exemplares que retratam a extinção da vida na Terra, cedidos temporariamente pelo Museu da Lourinhã, convidou a comunidade de Alcanadas a refletir sobre o que gostariam de salvar nos dias de hoje. A obra “Arca da Salvação” desenvolvida pela comunidade, em conjunto com os parceiros municipais, profissionais de museus e da equipa SAMP, é uma homenagem à lenda associada ao nome da aldeia. Construída com recurso a madeira reaproveitada de exposições anteriores do projeto, esta obra, tal como a Arca de Noé, assegura a salvação de exemplares únicos. Mais do que o resultado de um trabalho coletivo, esta arca é um abrigo do imaginário individual de cada criador e um veículo para a transmissão de histórias, lendas, desejos e mensagens de esperança para a humanidade.
Arca da Salvação
Alcanadas, Portugal, 2022
Escultura
Madeira, objetos diversos, fotografias e rendas. Esta obra é uma criação coletiva feita pela comunidade de Alcanadas, Município da Batalha, no âmbito do projeto Museu na Aldeia.
Dionísio Vieira | Irene Carreira | Isilda Vieira | Joaquim Franco | Júlia Vieira | Natércia Matos | Noémia Meneses | Odete Franco | Palmira Frasão | Preciosa Franco | Rosinda Vieira Franco Virgílio Batista Franco | Zulmira Vieira
Apoio técnico: Artymanha
aLCANADAS
Freguesia da Batalha e Freguesia de Reguengo do Fetal, Município da Batalha
“Arca, nadas?” perguntou Noé, quando a sua arca embateu contra o monte onde hoje se encontra a aldeia de Alcanadas. Em homenagem a esta lenda, existe na aldeia um monumento com uma placa que indica o local onde a Arca de Noé encalhou. Outra explicação para a origem do nome de “Alcanadas” foi a ocupação árabe que perdurou vários séculos na região. Da história desta aldeia faz, também, parte a prática da exploração mineira, entre os séculos XIX e XX. Este setor empregava tanto homens como mulheres, sendo que os homens trabalhavam dentro das minas e as mulheres selecionavam o carvão no seu exterior. Esta atividade cessou após a Segunda Guerra Mundial, dando lugar à exploração agrícola, que se tornou a principal ocupação económica da região.
A obra que visitou a Aldeia
Museu da Lourinhã vai a Alcanadas
O Museu da Lourinhã apresentou na aldeia de Alcanadas, Município da Batalha, exemplares museológicos que exploram a extinção dos dinossauros. A exposição ficou patente na Escola Primária e contou com o apoio da comunidade na sua preservação e dinamização. A coleção foi composta por um meteorito e réplicas de seres vivos, que caminhavam à face da Terra antes da queda do asteroide que marcou o final do Período Jurássico (há 150 milhões de anos). Esta incluiu, ainda, um bloco composto por uma sequência de rochas que marcam a transição entre os períodos Cretácico e o Paleogénico – cerca de 66 milhões de anos. Todos os elementos ilustram as alterações dramáticas que o mundo atravessou, a extinção de diversas espécies de plantas e animais que dominavam o planeta e a origem de novas espécies, como os mamíferos.
Encontros e Partilhas
A Comunidade acolhe uma obra do Museu, convidando-a para o coração da sua aldeia. Este objeto torna-se o ponto de partida, inspirando os profissionais do museu e a equipa artística a envolver os participantes num processo colaborativo. Em conjunto, estabelecem conexões entre a obra do museu, a sua reflexão e os seus laços com o património local. Ao utilizar elementos locais como objetos, canções, histórias e tradições, os participantes dão forma à sua própria obra. A celebração atinge o seu auge com a inauguração de uma exposição temporária no museu. Uma performance artística promove ligações entre as comunidades e os profissionais do museu, reforçando os laços entre eles.
E assim foi… Arte como um convite para encontros e partilhas.
Testemunhos
Ficha Técnica
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PromotorSAMP – Sociedade Artística Musical dos Pousos
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CofinanciadorIniciativa Portugal Inovação Social
Programa Operacional Social e de Emprego (PO ISE)
Portugal 2020
Fundo Social Europeu (FSE) -
Investidor socialCâmara Municipal de Leiria
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ParceiroRede Cultura 2027
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Com a colaboração deMunicípio da Batalha
Município da Lourinhã
GEAL – Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã
Museu da Lourinhã
União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes -
Grupo de Trabalho dos Museus da Rede Cultura 2027Alberto Guerreiro | Museu Raul da Bernarda
Sónia Santos | Município de Ourém
Bruno Silva | Rede de Museus e Galerias de Óbidos
Dóris Santos | Museu Dr. Joaquim Manso
Filipe Guimarães da Silva | Fundação Mário Soares e Maria Barroso
Jorge Figueiredo | Município de Porto de Mós
Luís Figueiredo | Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição
Margarida Moleiro | Museu Municipal Carlos Reis
Raquel Janeirinho | Rede Museológica do Concelho de Peniche
Vânia Carvalho | Museu de Leiria -
As 13 AldeiasAlcanadas (Batalha) | Louriceira de Cima (Arruda dos Vinhos) | Ateanha (Ansião) |
Cabeças (Alvaiázere) | Cercal (Cadaval) | Columbeira (Bombarral) | Fanhais (Nazaré) |
Freixianda (Ourém) | Folgarosa (Torres Vedras) | Mosteiro (Pedrógão Grande) | São Bento
(Porto de Mós) | Fetelaria (Sobral de Monte Agraço) | Pena e Casal da Pena (Torres Novas) -
Os 13 MuseusCasa do Tempo (Castanheira de Pera) | Centro de Artes Caldas da Rainha | Centro de
Estudos em Fotografia de Tomar | Rede de Museus e Galerias de Óbidos | Museu de Arte
Popular Portuguesa (Pombal) | Museu da Lourinhã | Museu de Aguarela Roque Gameiro
(Alcanena) | Museu de Leiria | Museu do Vidro (Marinha Grande) | Museu e Centro de Artes
de Figueiró dos Vinhos | Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição (Alenquer) |
Museu Raul da Bernarda (Alcobaça) | Rede Museológica do Concelho de Peniche
O projeto conta, ainda, com a colaboração de museus dos 26 municípios participantes. -
Coordenação SAMP Contigo | SAMPRaquel Gomes
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Coordenação Museu na Aldeia | SAMPGabriela da Rocha
Sofia Neves
Museu na Aldeia | Equipas do Projeto Teams of the project Sofia Neves
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Museu na Aldeia | Equipas do Projeto
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Equipa artística | SAMPBruno Homem | Músico
Filipa Cunha | Música
Inesa Markava | Diretora Artística de Performances
Jesus Kristen | Músico
Raquel Gomes | Artista Comunitária
Ruben Santos | Músico
Sofia Neves | Atriz -
Equipa técnica | SAMPAna Figueiredo | Comunicação e Gestora de Conteúdos
Cátia Gaio | Apoio Logístico e Financeiro
Gabriela da Rocha | Museóloga
Henrique Chaves | Sociólogo
Lara Matos | Licenciada em Psicologia Social
Leonor Capricho | Designer Gráfica
Ismael Neves | Apoio Logístico e Financeiro
Telma Pereira | Produção -
TextosAna Figueiredo | SAMP
Carla Tomás | Museu da Lourinhã
Gabriela da Rocha | SAMP
Henrique Chaves | SAMP
Sofia Neves | SAMP -
Créditos FotográficosEquipa | SAMP
Gil de Lemos -
Museografia e montagem de exposiçõesCarla Abreu | Museu da Lourinhã
Carla Tomás | Museu da Lourinhã
Câmara Municipal da Lourinhã
Gabriela da Rocha | SAMP
Inês Soares | Novonovo
Lorenzo Scodeller | Novonovo -
Design gráficoLeonor Capricho | SAMP
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Design de equipamentos expositivosPaolo Martini | Novonovo
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Serviço de carpintaria e projeto da arcaArtymanha
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Seguro da obra de arteLUSITANIA, Companhia de Seguros, SA
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AgradecimentosComunidade de Alcanadas
Dulce Vieira e José Vieira
Centro Recreativo de Alcanadas
Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
Politécnico de Leiria
União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
ANAFS – Associação Nacional de Alistados das Formações Sanitárias
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