Obra sonora
sons na eira de estevães
Em Estevães, surgiram duas obras sonoras que retratam os rituais tradicionais da aldeia, em particular os funerais. Ambas as obras descrevem o percurso do “Carocho dos Mortos”, uma antiga carreta usada para transportar os defuntos pelos difíceis caminhos até ao cemitério.
A primeira obra acompanha a viagem do funeral, desde a saída da aldeia até à chegada ao cemitério, capturando as rezas e as ordens dos mandadores. A segunda obra, mais experimental, desconstrói os sons do “Carocho” em movimento, misturando-os com relatos sobre os funerais em Estevães. Esta peça reflete sobre a morte, vista não como um fim, mas como mais um momento da vida da aldeia, envolto em respeito e celebração.
eira de estevães “carocho dos mortos”
2024
Comunidade de estevães
Esta obra sonora é uma criação coletiva com a comunidade de Estevães, Município de Pombal (Portugal) no âmbito do projeto Sons na Eira.
Duração: 2:30
Apoio téc:nico: Equipa SAMP e André Roque.
eira de estevães
2024
Comunidade de estevães
Esta obra sonora é uma criação coletiva com a comunidade de Estevães, Município de Pombal (Portugal) no âmbito do projeto Sons na Eira.
Duração: 3:42
Apoio técnico: Equipa SAMP e André Roque.
Encontros e Partilhas
O processo criativo em Estevães foi marcado pela forte participação da comunidade, que fez questão de recriar um dos seus rituais mais antigos: o funeral com o “Carocho dos Mortos”. Para tornar a experiência autêntica, os moradores insistiram que o “Carocho” fosse carregado, já que, segundo eles, o som da carreta vazia é diferente do som quando transporta um corpo. De forma respeitosa e simbólica, houve voluntários que se disponibilizaram para “encenar” o falecido.
A equipa da SAMP acompanhou o percurso do funeral, captando cada som e observando as reações da comunidade. Ao passar pelos campos, os trabalhadores paravam as suas tarefas, tiravam o chapéu em sinal de respeito, e, depois da carreta passar, voltavam ao trabalho. A vida continua, e, como comentaram, um dia todos fazemos essa viagem.
E assim foi… a arte e o som como convite à reflexão sobre a vida e a morte.

sobre o território
estevães
União das Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca, Município de pombal
Ficha Técnica
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PromotorSAMP – Sociedade Artística Musical dos Pousos
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CofinanciadorCaixa Geral de Depósitos
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Investidor socialCâmara Municipal da Marinha Grande
Câmara Municipal de Pombal
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ParceiroCâmara Municipal de Leiria
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Com a colaboração deMuseu de Arte Popular Portuguesa
Museu Joaquim Correia
Agromuseu Municipal Dona Julinha
Junta de Freguesia de Vieira de Leiria
Junta de Freguesia da Moita
União das Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa
União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca
União de Freguesias de Santiago e São Simão de Litém e Albergaria dos Doze
União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
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Sons na Eira | Equipas do Projeto SAMP
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Coordenação projetos SAMP Contigo | SAMPUmberto Giancarli
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Coordenação Sons na Eira | SAMPRaquel Gomes
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Direção Artística Sons na Eira | SAMPDavid Ramy
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Equipa artística | SAMPDavid Ramy | Músico
Raquel Gomes | Artista Comunitária
Umberto Giancarli | Músico
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Equipa de Apoio | SAMPAlexandra Serôdio | Comunicação
Cátia Gaio | Apoio Logístico
Cláudia Rodrigues | Gestão de Projetos
Inês Ferreira | Serviços Administrativos
Natália Romeiro | Produção
Ricardo Castelo | Avaliação de Impacto
Tânia Lhera | Produção -
Captação de Som | SAMPDavid Ramy
Umberto Giancarli -
Edição e Montagem de SomAndré Roque | Artista e Engenheiro de Som
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Créditos FotográficosEquipa SAMP
Joaquim Dâmaso
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AgradecimentosPrémio Caixa Social 2023
Todas as comunidades participantes.
Municípios, Juntas de Freguesias, Museus, Associações e Coletividades participantes no projeto.
Casa Cultura Teatro Stephens.
Equipa do Teatro José Lúcio da Silva.
União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes.
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